Apresentações em São Paulo fazem parte da agenda
da companhia chapecoense, que procura fortalecer a identidade regional por meio
da contação de histórias
Por Fabiane De Carli Tedesco
Foi no
blog da Cia ContaCausos (www.contacausos.com.br)
que um convite inesperado surgiu: se apresentar em São Paulo, no Serviço Social
do Comércio – Sesc Itaquera. Assim, a Cia ContaCausos está de malas prontas,
com viagem marcada para esta sexta-feira, dia 3 de maio. Até o dia 11 de maio,
a Cia ContaCausos se apresenta na cidade que é uma das maiores do mundo.
É a
primeira vez que a companhia sai do Sul do Brasil. Tudo isso graças ao blog,
que serve para mostrar o trabalho dos membros da ContaCausos, recebendo
semanalmente 1.500 acessos. São 10 apresentações de dois espetáculos:
“Esticando as Canelas” e “Tem Coroa, mas não é Rei!”. Além das apresentações no
Sesc Itaquera, a ContaCausos faz outras duas apresentações de “Tem Coroa, mas
não é Rei!” no evento Virada
Sustentável, no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), domingo, dia 5 de maio.
A
ContaCausos é composta por diversas pessoas. Entre elas, Mariane Kerbes, que
toca gaita em um dos espetáculos; Lucas Cruz, da Doss Propaganda, que cuida da
identidade da companhia; Marcos Batista Schuh, responsável pelo cenário; e
Josiane Geroldi, contadora de histórias.
Josiane
conta que se apresentar em São Paulo representa uma conquista, que casa com a
maior intenção da companhia: fazer com que um maior número de pessoas conheça
as histórias que movem a ContaCausos. “Ir para São Paulo é um passo a mais”,
comenta. Do mesmo modo que aconteceu em Porto Alegre após algumas apresentações
da companhia, Josiane espera que convites para outros festivais apareçam a
partir das apresentações em São Paulo.
Desde
o ano de 2005, Josiane conta histórias, mas foi em 2010 que nasceu a
ContaCausos, com a finalidade de agregar pessoas com o mesmo direcionamento.
Para ela, Chapecó é fonte de ótimas histórias. “Aqui, há muitas narrativas a
serem resgatadas, há um grande patrimônio regional. Pretendemos fortalecer a
identidade da região, a exemplo do que acontece no Nordeste. Daqui, podemos
levar o nosso trabalho para outros lugares, em um movimento de dentro para
fora”, revela.
Fotos: Mariane Kerbes