Editoria Viva
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Um salto para o artesanato
Artesão autodidata, Luiz Aroldo quer se
tornar um empresário, o que pode ser viável através do Projeto “Artesanato – Na
Palma da Mão”
Por Fabiane De Carli Tedesco
Fazer
o melhor com o que se tem. Com esta ideia em mente, Luiz Aroldo, 43 anos, criou
o Ateliê DaPedra em um cantinho da sua casa. Dos desenhos a lápis, surgem novas
malhas de metal que encantam pelos detalhes minuciosos, resultado de horas e
mais horas de trabalho paciente. O antigo professor e representante comercial
se tornou artesão autodidata no ano de 2000. Agora, Aroldo está em um processo
de mudança: suas peças saem das ruas de Chapecó e ocupam as vitrines das
joalherias do Sul.
Em
busca da formalização, em outubro de 2012 ele tomou esta importante decisão. Uma
espécie de salto, que transformará o artesão em empresário. As joias, obras de
arte de Luiz Aroldo, já ganham banho de ouro, o que oferece mais requinte ao
seu trabalho e o faz alcançar um público diferente.
Para
ele, o momento em que vive casa perfeitamente com o Projeto “Artesanato – Na
Palma da Mão”, apresentado na última sexta-feira, dia 7 de junho. O Projeto
surgiu de uma parceria entre o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE)
e a Secretaria de Assistência Social (SEASC). “O Projeto tem tudo a ver com
esta minha fase, pois propõe a emancipação do artesão, a conquista da
independência. Vou ter ajuda na divulgação do meu trabalho e vou poder emitir
nota fiscal, o que será necessário a partir deste momento.”
A
busca histórica do artista pela independência é vivida na pele por Aroldo. “A
história do mundo mostra o artista sempre em uma situação de distância entre a
arte e o dinheiro. Eu também procuro a independência financeira. Pretendo dar o
preço adequado ao meu trabalho, que na rua valia R$ 40 e na vitrine R$ 290.
Quero lançar o meu nome, divulgar a minha marca e ganhar visibilidade.”
Aroldo,
por motivo de doença na família, precisou encontrar uma maneira de trabalhar
por conta própria. Assim, começou a produção de chaveiros. Depois veio o
macramê, a união entre as cordas e as pedras, o arame, o arame e as pedras e os
banhos de ouro. Com fios de luz, que a maioria das pessoas joga fora, Aroldo
faz os seus adornos, ricos em brilho e em movimento. Suas criações foram para o
YouTube e, uma delas, já foi vista por mais de 500 mil vezes, virando moda em
São Paulo.
Os manchados de Katia
No
Estúdio Glamour, na Barão do Rio Branco, estão expostas as roupas de Katia
Escobar. Os manchados de Katia, artesã há cinco anos, também ganharão uma força
extra com o Projeto “Artesanato – Na Palma da Mão”. Criadora da Xuxeria’s Moda
e Artesanato, Katia comenta que, por meio da SEASC, se tornou uma
Microempreendedora Individual (MEI). Participar do projeto é o próximo passo,
uma oportunidade de aprender mais e de ampliar o seu leque de opções.
Serviço:
Para conhecer mais o trabalho de Luiz Aroldo e de Katia
Escobar, acesse:
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Café para esquentar os dias frios
Hoje é o Dia Nacional do Café, data que
marca o início da colheita em boa parte do Brasil. Com o outono, há o aumento
da procura pelo cafezinho, considerável também em Chapecó
Por Fabiane De Carli Tedesco
Os
dias frios de outono pedem uma bebida quente, de preferência café. É o que
muitas pessoas pensam, já que o aumento do consumo do café aumenta
significativamente no outono e no inverno. Hoje, no Dia Nacional do Café, a
reportagem do Jornal Sul Brasil seguiu o cheiro inconfundível do café e
descobriu que o aumento chega a 70% em um estabelecimento da cidade.
É o
que conta a proprietária Aldamaria Pereira. O apreço pelo café após o almoço
foi percebido por Aldamaria quando passou a abrir o local ao meio-dia.
“Começamos a oferecer almoço e verificamos que cerca de 60 a 70% das pessoas
tomam café expresso depois da refeição.” Além do café, lá o chocolate quente e
o capuccino não são procurados no verão. “Não é comum. Com a chegada dos dias
frios, começamos a buscar novamente as máquinas que estavam guardadas.”
À
noite, muitos clientes vão ao lugar para tomar o famoso cafezinho, que em breve
ganhará ornamentos dignos de sua fama. “Os funcionários vão ser capacitados, fazer
curso de barista, para que aprendam a dar um ar diferente ao café através da
decoração.”
Para
Aldamaria, trabalhar com o café é uma experiência apaixonante. “O café tem uma
técnica que vem desde o grão, algo que influencia no produto final. Depende
muito de uma boa escolha. Depois de tanto trabalhar com café, já percebo a
diferença: se o café foi ou não bem extraído”, revela.
Dia Nacional do Café
A
data foi criada no ano de 2005 pela Associação Brasileira da Indústria de Café
(ABIC) com a intenção de destacar o início da colheita na maior parte das
regiões do Brasil e de valorizar esta bebida no País.
Para além da superfície
“Olhos do Coração” fala de uma criança
incapaz de ver o mundo com os olhos físicos
Por Fabiane De Carli Tedesco
Foi
no dia 15 de novembro de 2012 que o tão esperado primeiro filho de Marinês
Pinsson Panozzo foi anunciado. “Olhos do Coração” é o primeiro livro de
Marinês, que teve a sua história ilustrada por Claudia Alessandra Ramos
Moschetta. Depois de uma longa procura, a Editora CRV, de Curitiba (PR), foi a
escolhida para dar vida ao projeto da pedagoga, impossibilitada de fazer esforço
físico, mas com uma mente inquieta e cheia de imaginação. “Procurávamos uma
editora que aceitasse a minha forma de escrever e a forma da Claudia desenhar”,
comenta Marinês. Com coragem e garra, Marinês e Claudia foram atrás, até que
encontraram o que tanto procuravam.
Amante
da leitura épica e da ficção com um fundo de verdade, nascida em 16 de agosto
de 1965, a filha de Ibiaçá (RS) – chapecoense de coração – percorre as escolas
para divulgar o resultado do seu trabalho. “Olhos do Coração” é uma obra de
literatura infantil que foi uma espécie de saída para Marinês, que procurava
uma maneira de fazer a diferença no mundo.
“Por
conta de um problema de saúde, tive que parar de trabalhar. Só que eu não
queria ser mais uma a não fazer nada. Queria fazer algo de bom para a
humanidade, que fosse além da minha vida, da vida dos meus filhos. A vontade de
fazer algo falou mais alto do que a preocupação com o custo inicial. O custo
não é tão importante diante do fato de ter uma criança lendo, manuseando um
livro com o seu nome.”
Se
antes Marinês ensinava as crianças por meio do ofício de professora, hoje ela
pode ensinar por meio da literatura. Um trabalho árduo, em um tempo em que
muitas pessoas têm outras prioridades e deixam os livros um pouco de lado, na
sua opinião. Classificada na Academia Taubateana de Letras, com menção honrosa
da Academia Criciumense de Letras, com o poema “Intrépida Gente”, Marinês
encontra no silêncio da casa o ambiente certo para criar. “As histórias surgem
nos momentos mais solitários do dia, quando sou só eu comigo mesma.” Momentos
de lucidez do pensamento, que não raro surgem em plena madrugada.
“Olhos
do Coração” conta a história de uma criança que não vê com os olhos físicos. O
texto instiga um segredo, que dá nome à obra. Para os amantes da boa
literatura, uma pista: o livro está na Livraria Moderna e na Livraria Camões,
em Chapecó.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
O precioso conhecimento de uma parteira
Pelas mãos de Mariinha, incontáveis crianças vieram ao mundo
Por Fabiane De Carli Tedesco
Tantas crianças vieram ao mundo pelas suas mãos, que ela já perdeu a conta. Maria Celestina Rodrigues mora em uma casa perdida no tempo, em uma estrada de terra do Toldo Chimbangue, interior de Chapecó. Parteira, Maria, mais conhecida como Mariinha por conta da baixa estatura, também conhece o mistério das ervas, das quais extraiu remédios que, ao longo dos anos, curaram a sua família.
Mariinha, 83 anos, começou a fazer partos com 25 anos. Pelas suas mãos, nenhuma criança morreu. Para ela, o trabalho da parteira é importante e acredita que nascer pelas mãos de uma parteira é sempre melhor do que nascer pelas mãos de um médico de hospital. Nascida em Pinhal – pertencente ao município de Seara (SC) –, ela não se lembra em qual foi o dia em que nasceu. Mas uma coisa é certa: nasceu em casa, como era comum em seu tempo.
Mãe de oito, avó de incontáveis, bisavó de mais de 30 e tataravó de mais de uma dúzia, Mariinha teve o primeiro filho aos 14 anos e, depois de tanta vivência, ainda cuida de uma filha adotiva que está acamada. Além de parteira – ofício aprendido com a sogra – e criadora de remédios, ela trabalhou na roça, criou porcos e vacas de leite. Nunca passou os ensinamentos adiante, já que as novas gerações preferem a medicina dos hospitais ao invés da medicina da antiga cultura que, pouco a pouco, perde o seu impulso vital. Benzedeiros e médicos de ervas que já fazem parte de uma cultura extinta, desconhecida por muitos. Movidos pela ignorância, passam veneno nas terras, onde já não nascem as plantas de outros tempos.
Viúva há quatro anos, Mariinha certa vez foi ao médico e ele a desenganou. “Voltei para casa para morrer. Mas Deus foi o meu médico e ainda estou aqui.” Os filhos nunca perderam a esperança e deram a ela os remédios que a mãe sempre receitou às pessoas. “Minha mãe sempre salvou vidas e Deus sabia que ela também precisava ser salva”, comenta o filho Sebastião Antunes de Lima. Para Sebastião, Dia das Mães é todo o dia, embora exista apenas um dia comemorativo reconhecido. A alegria dele e dos irmãos é poder passar este dia ao lado dela, um privilégio aos seus olhos.
Segundo Mariinha, o que ela preserva após tantos anos de vida é algo chamado felicidade. “Me sinto feliz por ter os meus filhos por perto. É muito bom para uma mãe que, como eu, adora os seus filhos. Consegui criar os filhos, mostrando a eles o bom caminho. Como mãe, me orgulho por não ter nenhum filho no mau caminho. Eles não me deram trabalho, nunca foram da baderna.”
Mariinha guarda conhecimentos antigos, é dona de cores e símbolos mágicos, de lendas e costumes esquecidos. Na varanda, ascende o paiero e comemora, com um sorriso tímido, o dia em que as suas memórias estamparam as páginas de um jornal, inspirando tantas e tantas mães que celebram este dia mais do que especial.
Por Fabiane De Carli Tedesco
Tantas crianças vieram ao mundo pelas suas mãos, que ela já perdeu a conta. Maria Celestina Rodrigues mora em uma casa perdida no tempo, em uma estrada de terra do Toldo Chimbangue, interior de Chapecó. Parteira, Maria, mais conhecida como Mariinha por conta da baixa estatura, também conhece o mistério das ervas, das quais extraiu remédios que, ao longo dos anos, curaram a sua família.
Mariinha, 83 anos, começou a fazer partos com 25 anos. Pelas suas mãos, nenhuma criança morreu. Para ela, o trabalho da parteira é importante e acredita que nascer pelas mãos de uma parteira é sempre melhor do que nascer pelas mãos de um médico de hospital. Nascida em Pinhal – pertencente ao município de Seara (SC) –, ela não se lembra em qual foi o dia em que nasceu. Mas uma coisa é certa: nasceu em casa, como era comum em seu tempo.
Mãe de oito, avó de incontáveis, bisavó de mais de 30 e tataravó de mais de uma dúzia, Mariinha teve o primeiro filho aos 14 anos e, depois de tanta vivência, ainda cuida de uma filha adotiva que está acamada. Além de parteira – ofício aprendido com a sogra – e criadora de remédios, ela trabalhou na roça, criou porcos e vacas de leite. Nunca passou os ensinamentos adiante, já que as novas gerações preferem a medicina dos hospitais ao invés da medicina da antiga cultura que, pouco a pouco, perde o seu impulso vital. Benzedeiros e médicos de ervas que já fazem parte de uma cultura extinta, desconhecida por muitos. Movidos pela ignorância, passam veneno nas terras, onde já não nascem as plantas de outros tempos.
Viúva há quatro anos, Mariinha certa vez foi ao médico e ele a desenganou. “Voltei para casa para morrer. Mas Deus foi o meu médico e ainda estou aqui.” Os filhos nunca perderam a esperança e deram a ela os remédios que a mãe sempre receitou às pessoas. “Minha mãe sempre salvou vidas e Deus sabia que ela também precisava ser salva”, comenta o filho Sebastião Antunes de Lima. Para Sebastião, Dia das Mães é todo o dia, embora exista apenas um dia comemorativo reconhecido. A alegria dele e dos irmãos é poder passar este dia ao lado dela, um privilégio aos seus olhos.
Segundo Mariinha, o que ela preserva após tantos anos de vida é algo chamado felicidade. “Me sinto feliz por ter os meus filhos por perto. É muito bom para uma mãe que, como eu, adora os seus filhos. Consegui criar os filhos, mostrando a eles o bom caminho. Como mãe, me orgulho por não ter nenhum filho no mau caminho. Eles não me deram trabalho, nunca foram da baderna.”
Mariinha guarda conhecimentos antigos, é dona de cores e símbolos mágicos, de lendas e costumes esquecidos. Na varanda, ascende o paiero e comemora, com um sorriso tímido, o dia em que as suas memórias estamparam as páginas de um jornal, inspirando tantas e tantas mães que celebram este dia mais do que especial.
terça-feira, 7 de maio de 2013
O humor crítico de Varieté
Cia De La Curva apresenta peça no próximo domingo, dia 12 de maio
Por Fabiane De Carli Tedesco
No dia 12 de maio, próximo
domingo, a Cia De La Curva sobe ao palco do Serviço Social do Comércio (Sesc),
de Chapecó, para apresentar a peça “Varieté Humor Crítico”. O espetáculo tem
início às 18h, no Cine Teatro do Sesc. A entrada é gratuita e a distribuição
das senhas tem início às 17h. Criada pelo ator Fernando Perri, a peça – ideal
para um Dia das Mães em família – tem 50 minutos e é indicada para pessoas a
partir de 12 anos.
Um monólogo com diversos
personagens e diferente dos outros espetáculos da companhia, como diz Perri. Na
peça, um palhaço deprimido e outro que vive de mau humor, além de um peixe
politizado. São todos personagens que possuem características marcantes e são
eles: o Palhaço Coragem, o Entrevistador, o Peixe e o Palhaço Paralelogramo. Em
Varieté, o ator Fernando Perri interpreta os quatro personagens.
Segundo a companhia, o estilo
teatral utilizado é o do teatro de variedades, também conhecido como “Varieté”.
O público pode esperar por muito humor, destreza circense, improviso e interação
com a plateia. Tudo isso forma o eixo central do espetáculo, que discursa temas
importantes como política, sociedade e meio ambiente.
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