segunda-feira, 15 de abril de 2013

"Magus": um espetáculo de magia e comédia

A nova peça da Cia de la Curva une mágicas de salão e a linguagem clown, fazendo rir do início ao fim

Por Fabiane De Carli Tedesco



As cortinas se abrem e, no palco, duas figuras opostas como a água e o vinho misturam-se. Marri é humilde, brincalhona e espontânea. ChamPingnon é arrogante, sério e preocupado com a opinião da plateia. Os opostos compõem a peça "Magus", da Cia de la Curva, apresentada na sexta-feira, dia 12 de abril, no Serviço Social do Comércio (Sesc).
Manon Alves, que interpreta a doce Marri, conta que a peça teve o seu primeiro lampejo no ano passado, mas foi em janeiro de 2013 que ela e o esposo Fernando Perri, o ChamPingnon, se dedicaram integralmente à elaboração de "Magus". Neste mês de abril, a peça foi apresentada ao público, que delirou com a mistura entre a mágica (ou seria magia?) e o clown. Um espetáculo de mágica cômica, no qual Manon e Fernando são os criadores e os atores, que se filmam e se autodirigem.
Improviso e interação com os espectadores são elementos que podem ser encontrados em "Magus" que, na visão de Manon, brinca com o lado narciso do mágico. "O mágico tradicional tem aquele ar narciso, é aquele que nunca erra." Na peça, ChamPingnon, para ter a sua Marri de volta, desce do trono e se ajoelha, admitindo o erro. Marri, sempre submissa, tem o seu momento mais marcante quando inverte a situação, estendida por quase toda a peça.
O espetáculo, de mágicas de salão não reveladas, pende à magia. Perri revela que um ambiente mágico é criado, fundindo-se à linguagem clown, à linguagem do absurdo. É um espetáculo de bordões como o "é bom" de Marri. Ela, assim como ChamPingnon, fala em um francês meio misturado algumas inverdades divertidas ao longo dos 60 minutos de peça, de boas risadas e encantamento. Para se ver sozinho, em dupla ou em família, "Magus" terá a sua próxima apresentação no dia 12 de maio.